sábado, 9 de julho de 2011

Está lá, em algum canto...



Começamos cedo.
Nossas brincadeiras envolvem arrumar a casinha, cuidar dos filhinhos, fazer comidinha. Arrumamos o cabelo, pintamos nossas bocas, vamos supostamente às compras. Sonhamos sem medo.
Acreditamos que o mundo é uma maravilha, que tudo podemos e ao nosso lado um príncipe sempre teremos.
Queremos logo crescer, para ir buscar na vida o que ela pode nos oferecer.
Somos faceiras, arteiras, festeiras...
Plena é a existência de uma menina... Ela sabe tudo e se prepara para a vida que mais tarde terá de enfrentar.
Não, não pensem que direi a vocês que lá fora da bolha de sabão tudo se desmancha.
Quero é relembrar desses sonhos que ainda moram lá naquele espaço-criança de nossos corações onde éramos as mais bonitas, as mais inteligentes, as melhores em tudo.
Aquilo que não conhecíamos com esse nome e se chama auto-estima.
Aquilo que muitas de nós perdemos pelo caminho da vida e que é tão importante ter ao menos um pouquinho para passar feito pó de arroz no rosto de vez enquanto.
Aquilo que nenhum espelho do mundo, por mais perfeito que seja, poderá mostrar se não existir: amor por si mesma.



Isar Maria Silveira



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