segunda-feira, 10 de outubro de 2011

As querências do dia...


Muitas vezes é só um beijo que eu quero. Um abraço apertado que me faça esquecer do mundo aqui fora e que desencadeia uma fila de sorrisos. Muitas vezes, é muito pouco o que eu quero. Uma conversa sincera, um aperto de mão, um sim no lugar do não.
Muitas vezes é só um agrado bom. Um passeio de mãos dadas, um namorinho no cinema. Uma ducha fria depois de uma tarde risonha. Um cheiro que me acorda lembranças. Um colo que me dê vontade de ficar morando dentro. 
Muitas vezes é tão pouco o que eu quero. Uma voz do outro lado da linha dizendo que me ama. Um olhar que consente. O orgulho que é posto de lado, dando espaço pra compreensão. 
Muitas vezes é tão pouco o que eu quero.

Cris Carvalho


domingo, 9 de outubro de 2011

Confesso...


“Confesso que ando muito cansada, sabe? Mas um cansaço diferente… um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem. Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertecendo. Estou realmente cansada. Cansada e cansada de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo. Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Confesso, confesso, confesso".

Caio Fernando de Abreu


sábado, 8 de outubro de 2011

Aprendizado...


Claro que se o dinheiro falta, se a saúde vacila, se o amor arma alguma cilada, seu desejo de rir será pouco. Mas combata a depressão. Cultive o bom humor, como quem cultiva um bom hábito. Esforce-se para ser alegre. Afaste os sentimentos mesquinhos que provocam o despeito, a inveja, o sentimento de fracasso, que são origem de infelicidade. Adote uma filosofia otimista, eduque-se para ser feliz. Você o conseguirá. E verá o milagre em sua própria face, nos olhos que adquirirão brilho e vivacidade, na boca que perderá o rictus amargo e ganhará um ar jovem, na pele outra vez clara e macia.

Com o estado de felicidade íntima, a mocidade volta, a beleza reaparece.
Seja feliz, se quer ser bonita!"
 

Clarice Lispector



sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sobre a reserva...


'(...) A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogointerno que muitos homens simplesmente desconhecem.
(...) A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói.
(...) ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa – desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos.'

 
Ivan Martins


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Amor é descanso na loucura...


(…) Amor é mesmo aquela sensação de voltar para casa.Adormecer lado a lado é a grande prova. no dia seguinte, acordar e sentir que está levando alguém com você. Descobrir um sorriso ridículo no canto da boca. Pronto, encaixou. Feito pecinhas de Lego: diferentes, mas vindas do mesmo mundo.Lego é gostoso. Quebra cabeça não.Amor não é desejo: é feito de. Amor é feito de amor, mas não só. Amor não tem razão. Ninguém ama pelas qualidades do outro, nem apesar dos seus defeitos. Ama porque o outro é o outro e pronto. Amor é pacote completo.Você sabe que é amor quando se descobre cúmplice. Quando tem a coragem de se mostrar. E de se ver. O outro é um espelho. Vai encarar?Você sabe que é amor quando se entrega. Mas é melhor guardar algo para si mesmo. Amor não pode ser só para o outro.Amor é o exercício do não ter. Amar e não ter nada em troca. Porque se é amor, não é em troca. Amor não serve para nada, não garante nada. Como as boas coisas da vida.Amor é presença e é falta. Uma não vive sem a outra. Amor é liberdade. Gostoso é saber que o outro, com tantas opções, escolheu você mais uma vez. O que fazer para que amanhã ele faça a mesma escolha? Mantenha-se distraído.Amor é feito de hoje. Da arte de não fazer tudo sempre igual. Da construção. Como revestir parede com aquelas pastilhas bem pequenininhas. No amor é preciso colocar uma por uma. Sem pressa de ver pronto. Para mim, é esse o sentido de amar como se não houvesse amanhã. (…)
Uma convicção: amor é delicadeza.


Cristiana Guerra


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Felicidade Realista...


De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par, e não como ímpares? Ter um parceiro constante não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo às expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

Martha Medeiros


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sim dói mais é necessário...


“Sim, viver dói, aprender dói, mudar dói. No geral sair da zona de conforto que tanto buscamos dói, mas sempre parece ser o necessário, ou mesmo o único caminho…

By Flor


Wedding Tickers

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Acredite!


"Desaprender para aprender.
Deletar para escrever em cima.
Houve um tempo em que eu pensava que para isso,
seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra
renascer várias vezes nesta mesma vida.
Basta desaprender o receio de mudar."

Martha Medeiros


domingo, 2 de outubro de 2011

Peso das coisas...


Minha alma tem o peso da luz
tem o peso da música
tem o peso da palavra nunca dita,
prestes quem sabe a ser dita
tem o peso de uma lembrança
tem um peso de uma saudade
tem o peso de um olhar
Pesa como pesa uma ausência
e a lágrima que não chorou
tem o imaterial peso de uma solidão
no meio de outros.

Clarice Lispector


sábado, 1 de outubro de 2011

Arte não é uma função, é uma condição...


A não criatividade é o bloqueio dos sentimentos. Quem se permite sentir, cria.
O sentimento provoca no homem um movimento tão intenso que se torna necessário dar a ele alguma forma. Surgem assim os poemas, as pinturas, as músicas e danças, as manifestações artísticas em todas as suas formas.
Toda pessoa trás em si a potencialidade da arte, o que define a expressão ou não dela é a forma com que os sentimentos são recebidos em cada um, em alguns o sentimento fica contido, restrito ao inconsciente, preso ao racional, incompreendido, despercebido.
Nas pessoas sensíveis, ao contrário, os sentimentos são palpáveis. 
Pessoas sensíveis percebem profundamente o que um estímulo lhes provoca, estão sempre em profundo contato com seus próprios sentimentos e pensamentos e com os sentimentos e pensamentos que os rodeiam, sentem intensa necessidade em dar a eles formas físicas, visuais ou audíveis: nasce a arte.
Arte é o desenho, o texto, a escultura e a sinfonia dos sentidos materializados.

Van


Personare

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