Trago em mim
Um recado
Às vezes mal dado...
Por luz divina
ou uma alma ferina.
Trago lembranças
Replenas de fantasias
Existência que completa e sobeja...
Nesse recado, uma parte
do seio que em mim cabe,
mora um verso
em que componho e me faço,
do seio que em mim cabe,
mora um verso
em que componho e me faço,
e me pertence a metade do laço
desse espaço
desse espaço
que não me sabe.
É um recinto,
Maior do que o sinto...
Maior que minha vida..
Maior que meus sonhos...
Maior até que o amor,
E a alma que se vai, às vezes com dor...
Nesses versos que me compõem
Cravo e me completo,
Me revelo essencialmente...
E transpareço...
O anseio e o abraço
De outro pedaço
Que aqui jaz,
enfim.
Transcrevo e ouço,
Um canto agora,
Desse encanto que me traz
Essa saudade voraz
Que em paz,
se acabe...
e fim.
Nesse verso que mora em mim
Que eu me encontre...
E também a poesia que exala
Desses versos tão fugazes
Desse tempo que esvai
Que foge, escorre
E me abstrai...
Que me depare com a verdade,
Nem ouça e nem fale,
Somente me cale
Diante do verso
Que tudo diz de mim.
Ante a rima e a quadra...
Perante o amor e a alma
Em presença de tudo que almejo.
Vívido assim...
Juliana Alves
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