Há palavras em nós vivas e mortas... Inertes e pulsantes... Palavras que brotam ou minguam... Palavras que vão e que ficam... Palavras que traduzem intrinsecamente os encantos de uma alma nua,
sábado, 18 de junho de 2011
Com medo e tudo!
Foi quando começou a não se importar de sentir tanto medo, que ouviu o convite, ainda tímido, quase sussurrante, do próprio coração, este sabedor do que de verdade importa:
“Volta, com medo e tudo.”
Foi.
E começou a redescobrir que coragem, na maioria das vezes, é apenas voltar para o próprio coração.
É apenas calar a ausência devastadora e infértil dele.
É apenas sair do lugar para um ponto um pouquinho mais espaçoso e espalhador de sementes.
É apenas seguir. Com medo e tudo.
Ana Jácomo
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