quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Uma carta para mim mesma...

Erika,
                     

Te escrevo por saber o que vai dentro da sua alma... O que escrevo é para te acalentar e afagar teus anseios, te conheço há exatamente 28 anos...
Sei de cada sonho, cada fantasia, cada ataque
de asma ou enxaqueca, cada sofrimento e cada alegria... Conheço cada parte do seu corpo, dos seus devaneios transloucados, da sua risada de criança, do teu canto ora afinado, ora de dar dor nos ouvidos.
Te conheço além das tuas relações, seja de amizades, seja de amores, sei o que cada uma delas te trouxe. Estive contigo em todos os momentos de abandono, de tristeza, de fofocas, de tardes com as amigas, de noites com namorados... Pessoas que ama, pessoas que quer odiar, mas, não tem coração frio pra isso.
Te conheço na algia, te conheço na paz de espírito, te conheço quando mente, te conheço quando disfarça, te conheço na tua verdade e na tua mentira... E por tudo isso, só eu mesma posso te dar o amor que merece...
Porque eu te amo nos teus erros e nos teus acertos, te crivo de culpa e aprendo junto contigo... Você erra, aprende, absorve, transborda, extravasa, transforma e floresce.
O que me interessa é te ver feliz com as pequenas coisas da vida, sempre as mais simples... A tubaína, o pão com mortadela, a sopa de feijão, a farofa de frango, a bolacha de água e sal, o ki suco (nossa das antigas essa... rs), o pastel de carne, a pizza de mussarela e pirulito de chicletes... O que interessa é a tua força de vontade, tua força de vida, tua garra, tua dança...
Tua dança que te envolve, que te faz brilhar nos palcos da vida a fora, transbordando música pela ponta dos dedos...
Eu te conheço em todas as fases: amarga, ferida, solteira, “casada”, enamorada, tristonha, chorona, carente, caliente, brava, muitooooo brava, confusa, implicante, detalhista, crítica, feliz, tagarela, criativa, alterada, bipolar, inspirada, danada, ousada, mau-humorada, disposta, sem vontade, mal educada...
Aquela que tem medo de escuro, que se afoga no chuveiro (rs), que tem crise de riso quando vê alguém cair, que é amiga até debaixo d’água, que não possui muitos outros por ter medo de ser traída, que lê diariamente, que escreve mais ainda...
Aquela que sofre por não dar oportunidades, que guarda rancores e precisa saber perdoar, que precisa aprender a ouvir e muitas vezes falar, que se faz de forte mais por dentro tem fraquezas, que é “pseudo-popular”, pois muitos te conhecem mais poucos sabem quem você é...
Aquela que não sabe cozinhar, que faz mousse de maracujá e miojo apenas, que tem ciúmes mais não é de dar escândalo (somente em extremos casos), que sofre de gastrite ansiolítica, que é desprovida de ambição e não briga por coisa pouca, que ajuda muita gente porque acha bacana, que ensina o que aprende sem muitas vezes cobrar nada em troca (mesmo levando prejuízo), que é desesperada e desordeira, honesta e verdadeira...
Você é inteira, é o extremo, é o total...
E eu te amo por isso, por você ser assim... Cheia de defeitos e repleta de qualidades... Mais acima de tudo você, só você!

 
By Flor


Texto inspirado e adaptado ao de Marla de Queiroz


 

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