domingo, 22 de janeiro de 2012

Palavras da Marla...


Existe tanta simplicidade na forma como o mundo se nutre, nos nutre e é nutrido. A fruta que cai da árvore devolvendo ao solo tudo que a tornou flor e depois alimento. E depois eu vejo a lua mudar de "frase", e o mar mudar de expressão, e o corpo reter o líquido do sal, e a gente sendo remexido como as marés. Eu vejo a cidade alvoroçada começar a cair de sono, e os bares se esvaziarem, e pessoas pedindo por mais anestesia, outras por mais sossego_ uns desejos gritam, outros clamam por silêncio. Há quem se alimente de sombras, há quem se movimente para a luz. Não há certo nem errado, existe o tempo sagrado de cada um. E a sua maneira de conduzir a própria vida. Uns passos flácidos, outros firmes, uns carentes, outros dormindo abraçados.
No meio dessas divagações, eu penso no processo e na importância do amor. Em como ele é a referência da direção que cada um toma. Uns que o buscam, outros que o repelem, alguns o encontram, muitos entendem que ele está sempre presente.
Mas eu não sei bem o que quero dizer se não tenho ambição de chegar a lugar algum agora... Talveez só me interesse contar que é muito bom descomplicar a própria existência, mas que nem todos estão prontos para viver a nudez da simplicidade. Por isso, tudo sempre parece tão complexo.
Acho que deveria funcionar mais ou menos assim (pra gente sofrer menos): amar e ser amado, mas antes e acima de tudo, amar demais a si mesmo e reconhecer-se merecedor de alguém saudável e afetivamente disponível, numa proporção justa de amorosidade e entrega.
Mas não desistam. Só não compliquem. Amadureçam e devolvam ao Universo os mesmos nutrientes que os alimenta. Recebam o eco Bom do que emanaram.E desejem o BEM. E sejam tão honestos com vocês mesmos até que isto se estenda ao outro e que não seja mais uma qualidade, mas uma característica.


Marla de Queiroz


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