Há palavras em nós vivas e mortas... Inertes e pulsantes... Palavras que brotam ou minguam... Palavras que vão e que ficam... Palavras que traduzem intrinsecamente os encantos de uma alma nua,
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Sem conselhos...
Não é somente vontade, é carência urgente
Não é somente espera, é a esperança se esvaindo
Paciência é a palavra que mais insisto em usar
Tenho caminhado nesse mar de desordem
Economizando energia até para gesticular...
Me sinto cheia, me sinto vazia
Me sinto triste, me sinto sozinha
Não é solidão de companhia
É mistura de saudade com a necessidade
Da vida que eu tinha...
E há quem diz que ando me esquecendo
Outros que estou linda
São tantas suposições
Entre palavras e palavras
Prefiro as minhas próprias contradições...
No meu hoje
Guardo verdades no fundo da gaveta
Algumas desilusões
Pessoas que se tornaram decepções
Sei que é preciso esquecer e retomar
Ninguém vive de mágoas sem perdoar...
Difícil é a expectativa criada
Em cima de um castelo de areia
Onde tudo é momentâneamente perfeito
E de repente viram grãos de nada...
Prefiro na solitude da minha alma
Buscar o acalanto que me acalma
Madrugada a fora no relento
Vou sentindo e escrevendo
Pois quem escreve tem sensibilidade
E na escrita tudo tem profundidade
Das esquisitices dos outros eu prefiro a minha
As pessoas que mais criticam são as que mais perdem a linha...
Dessa vontade exacerbada que tenho de me expressar
É aqui somente aqui que encontro meu lugar
De tudo que sinto e que anseio
Por insegurança e por segurança
Prefiro a perdição das palavras
Do que muitas vezes o veneno de um conselho alheio!
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