Vivemos em uma sociedade perfeccionista. Se você não é perfeccionista, você provavelmente desejaria ser ou está se sentindo culpado por não estar correndo atrás da perfeição o tempo todo. E por que você não se sentiria assim? Somos ensinados desde muito cedo a “sempre tentar o seu melhor”. Mas é possível tentar apenas o “suficiente”? Eu acho que sim.
Quando éramos jovens, nossos pais nos ensinaram que deveríamos fazer o nosso melhor em tudo que fazíamos e havia uma razão para isso. Como poderíamos saber no que somos bons? Algumas coisas precisam de um maior esforço que outras, e se não nos fizéssemos esforço naqueles mais complicadas, poderíamos nunca saber do que somos capazes.
Mas, em algum momento este modo de viver, e o que ele significa, passa a ser algo irrevogável, não havendo espaço para um esforço menor do que o “melhor” em tudo que fazemos sem sentir ondas de culpa pelo corpo.
Se você é perfeccionista, então você passa a vida tentando, como o rótulo sugere, fazer TUDO de maneira perfeita. É claro que é impossível ser o melhor em tudo e inevitavelmente algumas coisas, inclusive aquelas consideradas importantes, são sacrificadas. E, claro, sabendo que você não está fazendo tudo de maneira perfeita, a sua felicidade sofre também. Você não é sequer capaz de considerar fazer alguma coisa sem se dar por inteiro porque esta é a maneira pela qual você tem feito as coisas por toda a sua vida. Talvez até faça parte do seu código genético.
Mas, em algum momento é necessário reavaliar suas experiências. Você precisa entender que você não estará conquistando nada por acreditar que tudo tem que ser feito perfeitamente e exigir tudo o que você tem para oferecer, porque quando você faz isso, não sobra nada para dar a si mesmo.
Decida o que é importante para você e ponha a sua energia aí. Se ser uma ótima mãe é o que você mais valoriza, então não se preocupe tanto em ter uma casa perfeitamente arrumada. Claro, você tem responsabilidades que você não pode ignorar como refeições a serem preparadas, roupas a lavar e a limpeza da casa. Mas isso não significa que toda refeição deva ser uma refeição gourmet balanceada, as roupas perfeitamente passadas, dobradas e guardadas e um chão tão limpo que você possa comer em cima dele.
Claro que, se estas coisas SÃO realmente, genuinamente importantes para você e você não apenas pensa que elas DEVERIAM ser importantes, não há nada errado em devotar sua energia a isso.
Mas não perca o seu tempo gastando mais energia do que é necessário em coisas que você acha que deveria valorizar versus as coisas que você realmente valoriza.
O mesmo também é verdade para aqueles que não se consideram perfeccionistas, mas talvez sintam culpa quando não dão tudo de si em tudo que fazem. Talvez você se sinta preguiçoso ou desmotivado porque você não tem a casa perfeita, quando isso, na verdade, não é importante para você. Claro, que se você divide sua casa com outra pessoa, tem que haver algum tipo de acordo, mas o que você assumir como compromisso não deve ser carregado de culpa por não colocar todo o seu esforço em algo que você não valoriza.
Seguindo adiante, eu acredito que deveríamos abraçar um pouco mais a mentalidade do “mais ou menos”. Avalie no que você está colocando seus esforços e no que você se sente culpado por não estar e decida quais coisas valem a sua energia física e emocional. Para tais coisas, reserve o seu melhor. Para todo o resto, faça apenas o que você puder e varra o resto para debaixo do tapete. Provavelmente ninguém vai notar, e eventualmente você vai se sentir mais satisfeito e menos esgotado porque está utilizando sua energia com pessoas e em atividades que merecem o que você tem para oferecer. "
...
A grande questão é: O que é importante para você?
Nenhum comentário:
Postar um comentário