quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Uma estação chamada amor...


O Amor é a estação final.
O nosso final de linha, nosso objetivo máximo, é onde sonhamos estar e quando chegamos queremos fincar raízes e nunca mais partir.
Para chegarmos a ela temos necessariamente que passar por várias paradas intermediárias como paixão, desejo, atração, tesão, amizade, entre outras.

São paradas para descanso, reabastecimento e adquirir experiência (bagagem), uma espécie de preparação para o destino final, para o clímax. Não precisamos saltar em todas, podemos até pular algumas, desde que estejamos
cientes do que elas nos oferecem e nos sintamos confortáveis com o que temos em estoque.
O que não podemos é nos atrasar nas saídas, pois a perda do trem pode ser irreversível, não há novas composições marcadas nem prazos para isso.
É necessário partir, pois por mais conforto e comodidade que as estações nos ofereçam, elas só podem nos oferecer uma parte desse todo chamado amor, deste são apenas uma peça de um gigantesco quebra-cabeças.
Como toda regra tem sua exceção, existe o honroso caso da parada amizade, nesta podemos decidir permanecer e abrirmos mão de prosseguir a viagem, optando por vivermos uma relação diferente, com menos glamour, mas igualmente importante e por vezes até mais íntima e com menos espinhos, há quem chame a amizade de amor desapegado... É uma opção possível.
As estações intermediárias, no fundo podem se tornar armadilhas, pois travestidas de amor podem nos enganar e até exercerem provisoriamente sua
função, mas nenhuma delas tem força ou competência para manter essa encenação por muito tempo, com a queda das cortinas, nós nos levantamos da posição passiva da platéia e saímos para uma rua vazia e sem saída.
Quando o seu trem passar, não o perca, embarque, aproveite as estações, aprenda ao longo da viagem e na estação final salte de corpo e alma disposto a começar a viver o que de melhor a vida pode te proporcionar.
Boa viagem !!!

Nota do autor : Claro que me refiro no texto acima a cada uma das supostas histórias de amor que vivemos, pois quando em uma delas decidimos "abortar a missão" permanecendo em uma estação, depois de um tempo pegamos o trem de retorno e voltamos a estação inicial em busca de uma nova composição com destino a estação final. Isso ocorre porque nenhuma das estações
intermediárias "vende" passagem de ida, se algum cambista aparecer lhe oferecendo bilhete, ignore-o, é falso.


Leonardo Andrade


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