domingo, 22 de fevereiro de 2009

Saudades... E vale mesmo a pena?



Ultimamente, e por alguma cósmica coincidência, todo mundo decidiu me perguntar insistentemente se estou bem. Como se a resposta a essa pergunta realmente tivesse alguma importância relevante para meus preocupados interlocutores.
Prontamente, eu sempre respondo que sim, que estou muito bem, obrigada...Mas o fato é que algo tem me incomodado imensamente de uns tempos pra cá.
Algo que eu ainda procuro localizar com certeza absoluta para que assim eu possa etiquetar e guardar em meus arquivos de sentimentos assombrosos. Embora pareça tratar-se de mais um desses inomináveis mistérios da psique humana, eu desconfio seriamente tratar-se apenas de saudades...Essa minha inclinação deve-se ao fato dessa palavra ter espreitado meus pensamentos em qualquer lugar ou situação em que eu me encontre.
Mas saudades do que, exatamente?
A resposta consegue ser mais intrigante do que a própria pergunta... Saudades de alguém que não merece o próprio significado desta palavra...
Talvez por vir constatando essa aterradora verdade e ciente do surrealismo em seu significado mais profundo, eu tenho sido tão seca com quem pergunta sobre meu bem estar.
As pessoas viriam com aquele irritante discurso de “Parta para outra”, “Ele não merece seu amor”, “Cuide-se mais”, “Esquece ele”, “Isso passa” e blá, blá, blá...
Mas o que essas pessoas (Embora claramente bem intencionadas) desconhecem, ou fingem desconhecer, é o inegável fato de que as palavras não têm o menor poder sobre os desígnios geralmente abstratos do coração de quem tem a intensidade do amor nas veias...


By Flor

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