quinta-feira, 20 de março de 2008

Feitas as contas, o que sobrou?

Com o tempo e a experiência pessoal agregamos ao nosso corpo rugas, dói aqui, outro dia acolá... E, sua perspectiva fica diminuída a cada ano que passa o espelho não mente.
Contudo, se prestarmos atenção aos olhos, à alma se traduz em sinceridade, serenidade em grandes paixões que não se contém mais ou naquelas que não daríamos um passo sequer para que acontecesse, passa como um pensamento fútil, inútil.
A experiência conduz o corpo a regras bem simples, você acostumou-o a grandes emoções então, o coração acelera com o passar de um passarinho colorido, pulsa e quer sair do peito quando vê um lindo pôr-do-sol ou quando pára serenamente a admirar a lua, seu contorno e tudo o que ela ilumina ao seu redor, não precisa de luz... Quanto menos luz mais ela se mostra, nada modesta, e o brilho que reflete no mar parecem uma festa!
A alma passa a ser nova de novo, experiente e paciente... Observa mais do que fala. Fala mais do que pode ou deveria... Em certos momentos se retrai e repensa. O olhar parece distante, olha o passado vê o presente e sonha o futuro... Faz planos, comete enganos e reinicia seu dia-a dia, com milhões de perspectivas vê o amanhã por detrás da janela...está ali, diante dos seus olhos...calmo, envolvente e de libertação da alma.
O espírito aprendeu a se dominar, aprende uma lição a cada atenção que ela lhe dá.
Muda a paisagem, sabe identificar o que vem de passagem e distinguir o que passa o que o tempo leva, fica o espaço, seu espaço único e individual, indivisível, mas que se multiplica e agrega conhecimento, é o que tem.

Feitas as contas, o que sobrou? O resto... Bom, e o resto é sempre o resto.


By Flor

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