Há palavras em nós vivas e mortas... Inertes e pulsantes... Palavras que brotam ou minguam... Palavras que vão e que ficam... Palavras que traduzem intrinsecamente os encantos de uma alma nua,
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Quase...
Caminho exaustivamente pelos dias, atravesso a agonia da rotina, sacrifico o limite, estendo os horários. Percorro os dias e conto as semanas, agora o tempo é quase pouco. Avisto um bom porto para descansar da viagem, ancoro. Do céu aberto identifico a árvore, o galho e seu ramo, recolherei as asas. A distância do meu colo deitado em teu ombro diminui. O teu cheiro já alerta tua chegada. A realidade se despede para nos dar o sonho. Amarei fortemente, pois a força é meu descanso. Meu corpo ocupará o seu no mesmo lugar do espaço, sem física que nos explique. Juntos nada nos justifica ou questiona, dispensamos as palavras, importa os lábios. Quase estamos em paz.
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