Sinto como se estivesse mudando de bairro, de cidade, de país, de planeta. Mais uma vez.
Mesmo não estando.
E é só com essa impermanência que sei lidar.
Descobri isso outro dia, mas tem sido sempre assim,
e agora sonho em sair detrás dessa trincheira.
Tenho feito um esforço danado para confiar, mesmo dentro do medo.
É que minha vida me ensinou a ser trem, sempre chegando, sempre partindo...
Sem nunca ficar.
Não sei durar. Mesmo querendo tanto.
Torço então, pelo dia em que vou, finalmente, achar meu tempo definitivo.
Meu para sempre.
Solange Maia
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