Há palavras em nós vivas e mortas... Inertes e pulsantes... Palavras que brotam ou minguam... Palavras que vão e que ficam... Palavras que traduzem intrinsecamente os encantos de uma alma nua,
sábado, 31 de agosto de 2013
Silêncio...
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
A paixão...
...A paixão me ensinou a delimitar espaços, vãos entre a saudade e o encontro, brechas entre o que somos e o que jamais seremos. Me ensinou a contar o tempo, as letras, os dias. Me ensinou a agonia de uma palavra que perdeu o fôlego. (Demarcou caminhos pra ganhar alguma força, mas, se perdeu nos vazios de seus não-lugares). Na paixão, qualquer reciprocidade nunca valerá a pena, a insônia, a espera, o peito engarrafado, a frase engolida. O todo é sempre pouco, porque nada supera a expectativa que alimentamos. Paixão, depois de inúmeras tentativas, dá preguiça — antes do começo, nos finaliza. E é aqui que o Amor entra, ou, é aqui que você respira com uma melhor desenvoltura: no meu cansaço; no meu inimaginável. Amar é acreditar em uma nova vida com desprendimento e conforto. Ressurgir de. Liberdade. Ir e vir, sem quando nem onde. Aqui ou ali. Não se sabe os porquês — nem se vai durar muito tempo. Amar é conviver em paz com a liberdade do não-saber (o que caberá ao fim, ao além-do-instante, ao que costuma inventar eternos).
O Amor me ensinou as dobraduras do tempo. Me ensinou as asas que coloquei nessa oração: eu te quero. Bem-querer que ainda voa livre. E abençoa a vida que nem vivi ainda.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Viver demais, pensar de menos...
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Fé...
terça-feira, 27 de agosto de 2013
A palavra não sabe que diz...
É um segredo que eu guardo, é uma revelação que eu não posso sair dizendo por aí. É que eu tenho medo que as pessoas se desequilibrem de si, eu tenho medo que elas caiam quando eu disser.
É que eu descobri que a palavra não sabe o que diz...
A palavra delira, a palavra diz qualquer coisa.
A verdade é que a palavra, ela mesma em si própria não diz nada.
Quem diz é um acordo estabelecido entre quem fala e quem ouve.
Quando existe acordo existe comunicação.
Mas quando esse acordo se quebra, ninguém diz mais nada.
Mesmo usando as mesmas palavras.
Viviane Mosé
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
O tempo...
Priscila Rôde
domingo, 25 de agosto de 2013
Ou é meu ou não é!
Wanderly Frota
sábado, 24 de agosto de 2013
Amor...
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Amar é ter fé...
Wanderly Frota
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Poesia...
Cáh Morandi
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Para aprender a ficar...
Sinto como se estivesse mudando de bairro, de cidade, de país, de planeta. Mais uma vez.
Mesmo não estando.
E é só com essa impermanência que sei lidar.
Descobri isso outro dia, mas tem sido sempre assim,
e agora sonho em sair detrás dessa trincheira.
Tenho feito um esforço danado para confiar, mesmo dentro do medo.
É que minha vida me ensinou a ser trem, sempre chegando, sempre partindo...
Sem nunca ficar.
Não sei durar. Mesmo querendo tanto.
Torço então, pelo dia em que vou, finalmente, achar meu tempo definitivo.
Meu para sempre.
Solange Maia
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Quase...
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Borboletas...
domingo, 18 de agosto de 2013
Nosso abraço...
Wanderly Frota
sábado, 17 de agosto de 2013
Estrada...
Já havíamos nos feito frutos antes de nascermos para os dias. Você é o Amor que já sabia antes de me haver no mundo. Vesti-me de semente para florescer teus olhos; tornei-me riacho para ao mar saber amanhecer. O tempo veio, de longe, e ainda canta para nós. Canção feita para celebrar sentidos. Cuido do Amor para ser teu nome e tema que versam o canto dos pássaros. Depois de ti, o mundo nasceu sentido, e o peito cambaleia, aumenta e dança sobre os presságios. O coração, tonto e arrítmico, desliza. Sem onde, abri estações nas funduras dessa noite. Sem quando, abrigo um futuro decorado na boca, entre as distâncias em que apenas os sonhos estão permitidos atravessar. E é aqui, na fusão de todas as cores, que os dias aprendem a beleza do teu nome. Aqui, na desnecessidade de todas as vozes, que o Amor aprende a ser, em silêncio, um sonho lhe derramando em pensamento. Aqui, onde a poesia nos tingiu de céu e de sol, e onde bebo e como da tua presença. Aqui, sou, porque tu és. Estrada a caminho de mim.
Priscila Rôde & Guilherme Antunes
Wedding Tickers
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Sonhos...
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Sem recalques...
As minhas entregas são definitivas no agora para sempre hoje. Não me importa o seu medo, teus motivos, tuas fugas. Eu me entorno no que faço, viro a coisa inteira, não tomo a atitude, me torno a própria. Eu não escolhi a minha intensidade, ela veio com muita personalidade e uma quase autonomia. Não pretendo o gozo, busco o Nirvana. Sou flexível ou radical por uma questão de experiência. Eu sobrevivo às frustrações e me responsabilizo pelas minhas desistências. A minha adaptabilidade foi conquistada através de uma profunda reflexão, o que não quer dizer que eu aja por conveniência se não estiver em consonância com a minha essência. Pode parecer arrogância: tantas coisas se parecem com o que não são. Não abrevio minhas emoções, não interrompo meus desejos, sou objetiva nas minhas querências. Não banalizo minhas angústias e sofro como qualquer ser humano por questões tão corriqueiras como rejeição e todas estas coisas que nos fazem olhar para a vida, por um instante, com certo cansaço e desânimo. Mas corro os riscos e banco a minha história, pois a escrevo e reescrevo quantas vezes for preciso.
Por isso, antes de me julgar, faça as pazes contigo.
Marla de Queiroz
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Espero...
Sou toda sentimento. Alma e corpo. Tudo isso me leva a você de um jeito que eu mal sei explicar. Tenho feito de nós o meu trevo de quatro folhas e aposto, todos os dias, em nosso final feliz. Espero você chegar sem hora marcada e tomar conta do meu coração, que já te pertence a longos dias. E me contar sobre sua vida, sobre seu dia e sobre ciência, futebol, economia e artes. Eu espero que na simplicidade nos amemos e sejamos pra sempre um do outro.
Revisto-me de poesia o tempo todo e, dessa forma, tento alcançar aquilo que ainda me fogem as mãos. Sinto que meu coração conta - em sincronia com o relógio -, as horas desejando te ver. E desejo. Que os teus olhos passeiem sobre os meus e que eles revelem aquilo que para mim ainda é desconhecido. Sou toda esperança estes dias. Esperança de andar contigo lado a lado, de estender as mãos em sua direção e caminharmos juntos pela orla do lago enquanto nos despedimos do Sol ou de dividirmos os sonhos em uma tarde sentados na grama de uma pracinha qualquer.
Ainda te sinto longe, apesar do meu coração ser tua casa. Apesar de tudo. Espero que não demores muito, meu sentir é apressado e chama o seu nome o tempo todo. Eu te espero. E tenho certeza que quando você vier, começarão ali os meus dias mais felizes.
Wedding Tickers
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Esquecerá...
Com o tempo você irá me esquecer, assim como se esquece as chaves sobre a mesa, como se esquece as tristezas num dia qualquer de domingo, como se esquece de observar as flores se abrindo na sua estação. Você vai, e algum dia olhará para nós de um lugar já muito distante, mas um sentimento de ontem poderá se balançar. Esquecerá com a obrigação da tua nova vida, esquecerá porque é o que restará depois de inúmeras alternativas. Esquecerá de aquecer meus pés no inverno, esquecerá de procurar livros que ninguém tem, esquecerá as canções que escolhemos para eternizar nossas histórias, esquecerá o som da nossa voz no meio da madrugada, esquecerá de viver o imprevisto que nos assaltava, esquecerá nossos desejos mais secretos: nossa boca com gosto de mel, nossos corpos embrulhados na fita, nossa garganta arranhada das profundidades das palavras perdidas. Me esquecerá quando cruzar comigo em alguma rua, a distância envergonhará nossa nudez. Me esquecerá quando outra poesia te surpreender e te ler mais do que a mim. Me esquecerá fixando os olhos em outras costas, em traços de outras tatuagens. Me esquecerá nos domingos, em outra sala, novos sofás, parecidos carinhos. Talvez também te esqueça. Penso (e sei que pensas) em quem, um dia, nos roubará de nós. O amanhã nos atravessará com a sua covardia. Sem perceber estaremos em mapas desiguais. Haverá saudade, haverá vontade e nada poderemos fazer. Colheremos a escolha do agora, inevitável. Será isto, previsto. O caminho é sempre para frente, um trem não tem escolhas, e aqui nos colocamos de passagem. Amadureceremos na dor, não na culpa. Teremos novas mãos entre as nossas. Nossos planos conheceram seus nomes, nossos filhos não reconhecerão nossos rostos. Nosso amor não conheceu a vida, ficará sempre por nascer, prematuramente.
Cáh Morandi
domingo, 11 de agosto de 2013
Feliz Dia dos Pais...
Hoje quero desejar um Feliz Dia dos Pais diferente... quero desejá-lo para você que é pai, mas também para você que é mãe, irmã(o), tia(o), amiga(o), dinda(o), avó(o)... afinal, pra mim, ser ‘pai’ é viver uma linda experiência de amor, é externizar e eternizar essa benevolência que habita a essência de todos nós, o amor é um instinto primitivo, mas... há que se ter coragem porque amor é entrega e doação.
Por isso acredito que qualquer um que deseje, pode lindamente fazer esse papel. Pouco importa o laço genético, o que vale é a experiência afetiva, a entrega amorosa.
Um amor que é antes de tudo um amor à vida.
Um amor a quem já fomos um dia.
Um amor que desconhece o egoísmo, que é feito para o outro, que é presente que se ganha dando.
Ter tido a oportunidade de viver essa experiência com meu baby lindo Kaue é um privilegio que agradeço todos os dias.
Quem me conhece bem sabe que não há uma noite sequer que eu não diga eu te amo filho, boa noite e fica com Deus e o acarinhe lentamente antes que ele durma. É um carinho englobador, uma fala que não precisa de palavras, uma declaração de bem querer, um pertencer, um dar que é o mais belo receber que se pode experimentar...
Sou mãe.
Mas também sou pai.
Sou mãe.
Mas também sou pai.
Solange Maia com adaptações de Erika Ikuno
sábado, 10 de agosto de 2013
Não sendo parâmetro...
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Raízes...
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Mantra...
Eu me torno emocionalmente saudável quando consigo desconstruir todas as tolices sobre amores salva-vidas e jogar a ideia surreal do príncipe encantado no lixo. Eu me torno emocionalmente saudável quando acredito que namorar deve ser leve mesmo quando intenso, e divertido mesmo quando há um sério comprometimento. Eu me torno emocionalmente saudável quando o que me ocupa é a minha vida e não a reação que tenho ao comportamento alheio. Eu me torno emocionalmente saudável quando percebo que determinada história não me abrange, me deixa inadequada, fere a minha autoestima e sinto que isto é o suficiente para eu tentar ser feliz e me abrir para outras possibilidades. Eu me torno emocionalmente saudável quando escolho os meus parceiros pelo que me agregam de luz e crescimento, não pelo desafio que me trazem quando se mostram emocionalmente indisponíveis ou abertos para viverem outras relações que não a nossa. Eu me torno emocionalmente saudável quando me permito ficar sozinha até atrair um alguém que esteja disposto a trocar, desbravar paisagens juntos, que esteja inteiro no lugar que escolheu. Eu me torno emocionalmente saudável quando, estar ou não estar com alguém sexo-afetivamente, não se torna a prioridade da minha vida, mas somente um dos meus desejos. Eu me torno emocionalmente saudável quando aprendo a dar nome aos meus sentimentos: e não confundo posse com excitação, dependência com paixão, rejeição com confusão alheia...
Eu me torno emocionalmente saudável quando dou amor, não carência.
Livrai-me do que desbota a minha lucidez e da alienação de achar que a felicidade está no Outro e não em mim. Que seja assim.
Marla de Queiroz
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Algumas coisas demoram...
Abasteço-me de imaginação, visualizo, e desejo muito que aconteça.
Mas algumas coisas não são assim.
Algumas coisas demoram.
Têm seu tempo certo para acontecer.
Por mais que me esforce, que corra atrás, esse tempo não vem. E passo dias repetidos com esse ‘vazio’, querendo tanto ver o que desejo existir.
Então, nesse intervalo, a gente descobre que cresce por dentro. Aprende a aceitar.
E uma coisa é certa, a vida também acontece nessa demora.
E, às vezes, já nem sou mais a mesma pessoa, embora continue imaginando, e desejando...
As coisas mudaram, e agora digo assim :
- Tá tudo bem 'coisa demorada', eu já aprendi a esperar você acontecer.
Solange Maia
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Os deuses...
Rubem Alves diz que os deuses não nos protegem do medo. Eles nos convidam à coragem.
Gosto tanto desse olhar... e tenho tido dias bem assim, com muitas mudanças, lugares e armadilhas emocionais sendo deixados para trás, coisas já sem sentido ou significado também, gente que não nutria... tudo de uma vez, ao mesmo tempo, como têm sido sempre.
E o medo está lá. Eu sei.
Mas nunca consegue ser maior que a mansidão que sinto nas pequenas (e muitas) alegrias que me cercam.
Minha coragem nasce desse reconhecimento : alegrias são possíveis mesmo na desordem, nos intervalos, nas dificuldades.
Aceito o convite dos deuses.
Aceito também essas mudanças todas. Acolho-as em mim.
Já faz tempo que aprendi a desobedecer o medo.
domingo, 4 de agosto de 2013
Minha essência...
Para quê? Sou eu quem escolho onde quero morar.
Minha essência é o meu lar.
Marla de Queiroz
sábado, 3 de agosto de 2013
De mim...
...Se o meu corpo amanhecer um pouco mais raso, eu não vou a lugar algum — não me espere, não me escreva. Volto quando der, quando o sorriso ficar maior. Lembro porque a memória precisa de retornos. Esqueço porque os lábios pedem um descanso. Oscilo porque tenho uma onda imensa revirando o mundo aqui dentro. Cometerei ecos para que me escutes, repetidas vezes, quando estiver faminto à beira de um abismo. Soltarei aquele abraço para que sintas a minha felicidade íngreme e o meu amor pelas coisas mais tortas. Mobilizarei a ausência e apagarei teu descaso. Serei a tua falta para que esqueças a tempestade mais antiga. Ausento-me enquanto sinto e sei que essa ligação não me levará a nada. Fico suficiente. Libertei inúmeros afagos no quarto. Se não me deixei ainda é porque não sei como fazer isso.
De mim, espere apenas o que sou. O que estou vai passar. Já está passando...
Priscila Rodê
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Mãos são soberanas...
Qualquer música, qualquer som, qualquer ruído seriam intrusos.
O silêncio era o verbo.
Era nele que as coisas cabiam. Inteiras.
Aos olhos restava apenas o cerrar das pálpebras.
O momento era para imaginar. Sentir.
Nenhum outro recurso podia ser tão afrodisíaco.
De olhos fechados o amor tinha outra dimensão.
Enriquecia os sentidos.
Aumentava o coração.
Nessas horas as mãos são lentas, acolhem e ratificam.
São soberanas.
Solange Maia
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Sobre nós...
Fiz questão de não te deixar ir embora. Porque você não tem o direito de falar tudo o que pensa sobre mim e sair me causando tanto amor. Não sem antes saber que eu também te amo com intensidade igual.
Não, você não tem o direito de ser tão doce sem que eu te experimente. E nem de desaparecer sem me levar junto. Nem de caminhar sozinho uma estrada que sempre foi nossa, ou de comer o brigadeiro que foi feito pra duas colheres.
Moço, você existe em mim mais do que em palavras.
Acredite.
Haverá tempo.
Haverá música pra nos ninar.
Haveremos.
Wanderly Frota
Não, você não tem o direito de ser tão doce sem que eu te experimente. E nem de desaparecer sem me levar junto. Nem de caminhar sozinho uma estrada que sempre foi nossa, ou de comer o brigadeiro que foi feito pra duas colheres.
Moço, você existe em mim mais do que em palavras.
Acredite.
Haverá tempo.
Haverá música pra nos ninar.
Haveremos.
Wanderly Frota
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