quarta-feira, 30 de maio de 2012

Seja Você...


Se você não puder ser um pinheiro no topo da colina, seja um arbusto no vale, mas seja o melhor arbusto à margem do regato.
Seja um ramo, se não puder ser uma árvore. Se não puder ser um ramo, seja um pouco de relva e dê alegria a algum caminho.
Se não puder ser sândalo, seja então apenas uma violeta, mas seja a violeta viva e real.
Não podemos ser todos capitães, temos que ser tripulação. Há alguma coisa para todos nós aqui: há grandes obras menores a realizar. E é a próxima tarefa que devemos empreender.
Se você não puder ser uma estrada, seja apenas uma senda.
Se você não puder ser o Sol, seja apenas uma estrela.
Não é apenas pelo tamanho que terá êxito ou fracasso, mas seja o melhor do que quer que seja.
Faça uma pessoa feliz... Dando um sorriso, respeitando suas idéias, acreditando em seu potencial, ficando ao lado nos momentos de alegria e tristeza. Fazendo uma pessoa feliz, você também será feliz.

Autor Desconhecido

terça-feira, 29 de maio de 2012

Believe...


"Não desista, vá em frente. Sempre há uma chance de você tropeçar em algo maravilhoso. Nunca ouvi falar em ninguém que tivesse tropeçado em algo enquanto estava sentado."

Caio F. Abreu


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Deve haver um jeito...


Deve haver um jeito de dizer que se cansou. Que não se tem mais o mesmo tempo de antes, nem a mesma alegria de sempre. 
Deve haver um jeito de dizer que não se tem a mesma fé de sempre, nem a mesma confiança de antes. 
Deve haver um jeito de não crer em nada disso e nem por isso ficar tão mal. 
Deve haver um jeito de ser só isso e só por isso achar que é normal. 
Deve haver um jeito qualquer de contar estrelas... sem que, imediatamente, nasça na gente uma vontade louca de fazer isso acompanhada. 

Ivanúcia Lopes

quarta-feira, 23 de maio de 2012

terça-feira, 22 de maio de 2012

Indecisão...


Elas conseguem viver como se atravessassem uma poça d'água o tempo inteiro. Ou como se flutuassem na corda bamba sem sombrinha. Como se dançassem embriagadas na chuva.
Há de se cuidar das pessoas indecisas. Elas estão sangrando o tempo todo.
By Flor

Wedding Tickers

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Os sonhos que eu tinha...


...Eu já tive todos os sonhos do mundo suficientemente acomodados dentro de mim. E cuidava de cada um com todo zelo que tinha. E alimentava-os com esperanças renovadas. Até que um dia, sem alternativa, perdi-os. Culpei-me amargamente por isso. Destruí os estoques que tinha para nutri-los. Queimei as garantias de que seriam possíveis. E esvaziei-me. Sacudi os restos. Caíram por aí. Vez por outra cato algum. Mas já não se acomodam como antes. Mudaram. Devem ter alimentado outra coisa além das minhas esperanças. Devem ter nutrido outros sonhos. Algo que eu já não poderia fazer porque me acostumei à dieta dessas migalhas sem sabor que apenas sustentam uma vida sem sonhos.  E ainda assim, lembro-me da fartura. Do tempo que eram meus. Do tempo que eram possíveis. Hoje, estão perdidos por aí. Nutridos. Ou quem sabe, famintos. Não sei. Não tive notícias. Só tenho lembranças. Talvez não tenham sido tão meus. E me finjo de estranha. Só por não ter coragem de tê-los de novo.

Ivanúcia Lopes


domingo, 20 de maio de 2012

Lágrima...


E me perguntaram hoje como estava meu coração, 
depois de uma lágrima dolorida escorrida no rosto, 
suspirei fundo e respondi:  Cheio de mágoas, dúvidas e amor.

By Flor


Wedding Tickers

sábado, 19 de maio de 2012

De menos...


Quer saber? Então, eu vou falar. Mas bem baixinho. Isso. Pra você ficar mais perto. Quase que quase. É o seguinte: não me peça de menos. Sou mais de mim do que posso controlar. Se o coração está cheio, o cinto aperta, o pulso grita... Estouro. Igual às bolinhas de ar em caixas de eletrodomésticos. Faz um barulhinho ralo. E os sentimentos, ó, saem como passarinhos que se desprendem de gaiolas feias. Agora, não adianta mais. Não tenho como colocar as palavras pra dentro. Limpar tudo. Só espero que compreenda. E, novamente, não me peça de menos. Porque eu tenho demais pra dar.

Sara Albuquerque.


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Abraço...



"Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?

Meu palpite: dentro de um abraço.

Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve."


Martha Medeiros

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A Felicidade...


Quando as pessoas compreenderem que o mundo não é para ser disputado palmo a palmo, mas sim, compartilhado; quando deixarem de lado o desejo de ser o centro das atenções, talvez entendam que a humildade é privilégio dos grandes e apenas os medíocres não sabem disso!
Aprendendo a respeitar as pessoas, as plantas e os bichos como obras da mesma natureza da qual fazem parte, o indivíduo cresce espiritualmente e melhora tanto como pessoa, que não lhe sobra tempo para criticar o semelhante.
Caminhar ao lado de um amigo, sorrir inúmeras vezes por dia, falar sempre de coisas boas, procurar conhecer o lado bom das pessoas, esquecer os erros do passado!
Cair, mas levantar sempre; sorrir, mesmo diante de uma negativa; irritar-se em certas horas, mas procurar reverter isso imediatamente; repudiar a inveja e a ingratidão, são atitudes que tornam nossa vida melhor.
Pensar positivamente é uma questão de aprendizado, não acontece de forma repentina, mas vale a pena tentar.
O indivíduo que consegue inserir em sua vida a prática cotidiana de atitudes positivas, não se torna apenas o melhor amigo, o melhor pai, o melhor chefe e a melhor companhia. Não faz apenas a felicidade dos outros, torna-se verdadeiramente feliz.
Sua vida não se transforma num fardo a carregar, cada vez mais pesado, sempre acrescido das desgraças vividas. Ela se torna uma caminhada tranquila, inesquecível, gratificante e feliz.

Autor Desconhecido

A maioria das pessoas procura a felicidade como um fim, não como um caminho. Talvez por isso ela se torne tão inacessível e tão rara.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Deixa...


Deixa que teu riso transpareça, alegrando os que te rodeiam para que conheçam a generosidade da vida.
Deixa que os bons ventos toquem a tua fronte e diluam tuas tensões, tuas amarras, reconstruindo aos poucos, a tua liberdade, a tua herança divina.
Deixa que o sol venha e aqueça, iluminando os espaços que permanecem fechados dentro de ti, para que estes se abram e te favoreçam a cada momento.
Deixa que a chuva caia e limpe a poeira do dia-a-dia, para que te sintas renovado e esperanço.
Deixa que o teu coração conduza tuas ações e através delas, recrie tua amorosidade, tua alegria interior.
Deixa ser aquilo que é e aprende que há uma força maior que de tudo cuida e, aos poucos, ensina o que, verdadeiramente, deve ser aprendido.
Deixa ser, deixa viver o que deve viver e sente...
A preciosidade repousa em momentos onde a vontade de estar desperto é presente, é real para o teu ser.

Autor Desconhecido

terça-feira, 15 de maio de 2012

Viver...


Viver, não é apenas suportar a ofensa… É esquecê-la.
Viver, não é doar um pouco… É doar sempre.
Não é compadecer… É ajudar, mesmo que isso se torne incômodo.
Viver, não é simplesmente sorrir… É mais do que isso, é fazer alguém sorrir.
Viver, não é medir sua ajuda… É ajudar sem medir.
Não é ajudar somente quem está perto, mas estar sempre perto para ajudar.
Quem realmente vive e ama, não faz o que pode…
FAZ O IMPOSSÍVEL.
Viver é sempre dizer aos outros que eles são importantes, que nós os amamos, porque um dia eles se vão e ficamos com a nítida impressão de que não os amamos o suficiente.
V I V A . . .
Ame as pessoas ao seu redor, diga-lhes o quanto elas significam para você…
Que você pode alcançá-las num só gesto, desde que esse gesto transmita tudo de bom que existe em você…
Perceba que a felicidade é uma coisa tão simples, desde que signifique…
SINCERIDADE.
Desde que demonstre…
AMOR.

Clícia Pavan


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cuida de mim...



E ele olhando-a confessou:
- Tira essa angústia do olhar.
- Tira esse peso dos ombros.
- Eu tô aqui, já disse!

E ela com medo e dúvida respondeu:
- Eu sei e sinto.
- Só preciso sair do meu mar de ilusões e me apegar as verdades da vida.

E ele perguntou:
- Porque não se entrega ao amor novamente?

E ela respondeu em lágrimas:
- Por medo não conseguir suportar a dor de um coração ferido.

Eles se olharam, ele sentiu a necessidade do abraço e assim repousou as mãos nos cabelos de sua amada oferecendo todo o conforto que podia...
Ela com um sorriso choroso nos lábios, agradeceu pelo carinho e se aconchegou nos braços dele sentindo toda a segurança do mundo, foi só aí que conseguiu conciliar o sono, depois de balbuciar baixinho: Cuida de mim...

By Flor



Wedding Tickers

domingo, 13 de maio de 2012

Quem tem medo...


Quem tem medo da perda já perdeu. Perdeu sua autoestima, autoconfiança, a dimensão de sua imagem. Perdeu também a habilidade do seu Eu em ser gestor de sua mente. Se você fez tudo por "alguém", cuidou, amou, protegeu, investiu em seus projetos, e, por fim, esse alguém partiu, não deve se autodestruir, diminuir-se e achar-se um tolo. Deve sim, gritar em sua mente que quem perdeu foi ele e não você. Deve estar consciente que esse "alguém" perdeu uma pessoa fascinante, única, exclusiva, enfim, perdeu você." 

Augusto Cury



sábado, 12 de maio de 2012

Tempo


Tempo é tudo aquilo que a gente quer que seja:
Pode ser remédio. 
Pode ser o fim. 
Pode ser sábio e bobo. 
Sensato e louco.
Prudente e inconsequente. 
Pode ser morno,frio ou quente. 
Pode ser antes e depois.
Pode ser eu e você. 
Pode não ser dois, apenas um. 
Com tempo de sobra, sem tempo pra nada.
Perdidamente encontrados.


Ivanúcia Lopes


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Gratidão...


Me sinto imensamente confortada diante de tantas coisas negativas que tem me acontecido... Só tenho que agradecer aos meus amigos que me acalentam, me guiam e lutam comigo para que eu entenda tudo que tem acontecido...
Nos meus momentos de fraqueza e descrença consegui seguir graças as mãos protetoras e carinhosas que tive! E continuo seguindo rumo ao desconhecido, esperando que Deus me mande todas as provações e aprendizados colhidos por elas.
Tenho eterna gratidão pelo "colo" que esteve ali quando mais precisei e está ainda com um carinho ímpar e único...
Tenho muito a escrever e pouco tempo para isso mas...
Continuo tendo muita FÉ. E sei que logo tudo tomará seu rumo.

By Flor


Wedding Tickers

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Saber entope as veias do coração...


Eu sei a palavra que você deseja escutar”

Adoramos acreditar que sabemos o que o outro quer. Tratamos as pessoas como segredos a serem desvendados e buscamos padrões de comportamento que as definam. Enchemos a boca para dizer: eu te conheço, eu sei como você reage, eu sei o que você deseja. Nos relacionamentos amorosos isso é ainda mais forte. Muitas vezes acreditamos conhecer o parceiro tão bem que nem falamos certas coisas, deixamos de perguntar, tudo por acreditar que já sabemos o que virá do outro. Mas será que isso é verdade? É claro que ao conviver com alguém adquirimos um saber sobre aquela pessoa, afinal nenhum de nós é lá muito original, nossas neuroses estão sempre às voltas com o mesmo ponto e dificilmente nos afastamos dele. Mas isso não significa que não há possibilidade de algo diferente surgir. Se dizemos “você pode se abrir comigo” estamos arriscando esse improvável, e parece-me que por medo dele acabamos dizendo muito mais Eu já sei o que você está pensando. Talvez por crermos que se conhecermos o outro suficientemente bem poderemos nos proteger. O problema é que esse conhecimento pleno do outro também é o que atrapalha. O saber entope as veias do coração e de repente ele para de bater. A ocasional taquicardia de esperar uma resposta, uma palavra, uma atitude do outro é o que dá ritmo a um coração apaixonado. Imaginar que sabemos o que o outro quer é quase inevitável, tão forte a nossa tendência a valorizar o conhecimento. Mas o saber necessário para fazer um laço com o outro não é sobre ele, não é antecipar suas respostas nem ter certeza de suas atitudes. É saber estar junto sem saber.



quarta-feira, 9 de maio de 2012

O pulo...



O moço e a moça se conheceram. O moço já conhecia boa parte do mundo, um bom tanto de mulheres e já tinha sofrido por algo que chamava de amor. A moça tinha um bom tanto de curiosidade pela vida, mas medrosa que era, recalcava quase tudo, trocava a vida por livros. Ambos tinham feridas na alma e cicatrizes no coração. Então ela pensava: o negócio é amar menos do que o par, só vou amar um pouquinho aquele que me amar muito. Então ele pensava: o negócio é comer, mulheres só servem pra bagunçar a vida dos homens, não vou mais deixar. Foi nessa dança de pensamentos que eles se encontraram. Despretensiosos, tudo o que ambos queriam - ao menos conscientemente – era não se envolver afetivamente. Saíram uma, duas, três vezes e era divertido. Ele prometia ligar e ligava. Ela prometia se divertir e se divertia. E foi assim, de um pulo do coração pro outro, que eles se deram conta de que gostavam muito de tirar fotos juntos. E vocês sabem, fotografias são tentativas de eternizar pedaços de si, e isso dizia muita coisa pra eles. E foi também num pulo, de um pensamento pro outro, que eles perceberam que queriam estar cada vez mais juntos. Ele já estava com a vida bagunçada, e aquela bagunça era linda. Ela já amava mais do que ele (porque todo aquele que ama sempre acha que ama mais do que o outro) e isso não lhe importava. E aí a moça pensava que todas as confusões da vida se tornam incrivelmente belas quando a gente decide dar um pedaço de si nas mãos de um outro. E pensava que o pulo do seu coração tinha sido certeiro. E que todos os pulos são bonitos. Daí vocês podem dizer à minha personagem que nos casos em que os sentimentos não são correspondidos, o pulo não é bonito coisa nenhuma. E isso me põe a pensar que...talvez a gente sempre saiba, desde o começo, quando é correspondido. E que talvez a gente se meta em algumas enrascadas de vez em quando pra aprender alguma coisa, ou mesmo por uma certa satisfação em se quebrar. É claro, não digo que as pessoas gostem de pular e se esborrachar no chão, mas acho que no fundo a gente sabe se é amado ou não. O amor não se faz de palavras e nem de racionalizações, mas de olhares, toques e coisas que não se explicam. Assim como nós tendemos a não saber explicar o porquê amamos alguém, também não sabemos explicar como sabemos que somos amados. E por mais que a gente esboce algumas respostas em torno disso, nunca é por causa disso. Porque a palavra que define o amor está sempre a fugir. Aliás, eu nem sei se amor é mesmo a palavra apropriada pra falar de amor. É por isso que acho que escrever e fotografar são as mais belas declarações de amor, tentativas de capturar a palavra que não se consegue dizer. O fato é que tudo acontece num pulo: a foto, a palavra, o amor.

André Silveira

terça-feira, 8 de maio de 2012

Ainda...



"Mas ainda é possível ouvir estrelas. 
Deixar que nossa luz nos oriente. 
Ainda podemos rir como se a alegria fosse nosso melhor adereço. 
Acredito que pés descalços é o luxo da alma. 
Que estar perto é menos físico que a gente pensa. 
Que olhos falam, palavras estragam e silêncio grita. 
Que a gente quer amar pra sempre, abrir o peito, recitar poema, sem se preocupar com o que os outros pensam. 
Sei que o que mais vale a pena é chamado de coisa pequena, que vira importante quando a gente deixa de achar que é grande."

Renata Fagundes

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Desapego é de Deus!


"Para praticar o desapego, é necessário primeiro querer... Querer muito! 
Pensar sobre todas as coisas que considera ruim na vida e a partir disso, colocar duas palavras em prática: Coragem e Atitude.
A vida vale mais a pena quando deixamos de querer bem somente para os outros e começamos a fazer parte desse querer bem para nós também...
O desapego é uma prática constante!"

By Flor


Wedding Tickers

domingo, 6 de maio de 2012

Na margem do Rio Pedra eu sentei e chorei



"É preciso correr riscos, dizia ele. Só percebemos realmente o milagre da vida quando deixamos que o inesperado aconteça.
Deus dá-nos todos os dias junto com o sol, um momento em que é possivel mudar tudo o que nos deixa infelizes. Todos os dias procuramos fingir que não nos apercebemos desse momento, que ele não existe, que hoje é igual a ontem e será igual ao amanhã. Mas, quem presta atenção ao seu dia, descobre o instante mágico. E ele pode estar escondido na altura em que enfiamos a chave na porta, pela manhã, no instante de silêncio logo após o jantar, nas mil e uma coisa que nos parecem iguais. Mas essee momento existe- um momento onde toda a força das estrelas passa por nós, e que nos permite fazer milagres.
Às vezes, a felicidade é uma benção, mas geralmente é uma conquista. O instante mágico do dia ajuda-nos a mudar, faz-nos ir em busca dos nossos sonhos. Vamos sofrer, vamos ter momentos difíceis, vamos enfrentar muitas desilusões. Mas tudo isso é passageiro e não deixa marcas. E, no futuro poderemos olhar para trás com orgulho e fé.
Mas pobre de quem teve medo de correr riscos. Porque esse talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem sofra como aqueles que têm um sonho a seguir. Mas quando olhar para trás-vai ouvir o seu coração a dizer: O que fizeste com os milagres que Deus semeou nos teus dias? O que fizeste com os talentos que o teu Mestre te confiou? Enterraste-os bem no fundo numa cova, porque tinhas medo de perdê-los. Então, esta é a tua herança: A certeza de que desperdiçaste a tua vida.
Pobre daquele que escuta estas palavras, porque então acreditará em milagres, mas os instantes mágicos da vida já terão passado."

Paulo Coelho.

sábado, 5 de maio de 2012

O pulo...


O moço e a moça se conheceram. O moço já conhecia boa parte do mundo, um bom tanto de mulheres e já tinha sofrido por algo que chamava de amor. A moça tinha um bom tanto de curiosidade pela vida, mas medrosa que era, recalcava quase tudo, trocava a vida por livros. Ambos tinham feridas na alma e cicatrizes no coração. Então ela pensava: o negócio é amar menos do que o par, só vou amar um pouquinho aquele que me amar muito. Então ele pensava: o negócio é comer, mulheres só servem pra bagunçar a vida dos homens, não vou mais deixar. Foi nessa dança de pensamentos que eles se encontraram. Despretensiosos, tudo o que ambos queriam - ao menos conscientemente – era não se envolver afetivamente. Saíram uma, duas, três vezes e era divertido. Ele prometia ligar e ligava. Ela prometia se divertir e se divertia. E foi assim, de um pulo do coração pro outro, que eles se deram conta de que gostavam muito de tirar fotos juntos. E vocês sabem, fotografias são tentativas de eternizar pedaços de si, e isso dizia muita coisa pra eles. E foi também num pulo, de um pensamento pro outro, que eles perceberam que queriam estar cada vez mais juntos. Ele já estava com a vida bagunçada, e aquela bagunça era linda. Ela já amava mais do que ele (porque todo aquele que ama sempre acha que ama mais do que o outro) e isso não lhe importava. E aí a moça pensava que todas as confusões da vida se tornam incrivelmente belas quando a gente decide dar um pedaço de si nas mãos de um outro. E pensava que o pulo do seu coração tinha sido certeiro. E que todos os pulos são bonitos. Daí vocês podem dizer à minha personagem que nos casos em que os sentimentos não são correspondidos, o pulo não é bonito coisa nenhuma. E isso me põe a pensar que...talvez a gente sempre saiba, desde o começo, quando é correspondido. E que talvez a gente se meta em algumas enrascadas de vez em quando pra aprender alguma coisa, ou mesmo por uma certa satisfação em se quebrar. É claro, não digo que as pessoas gostem de pular e se esborrachar no chão, mas acho que no fundo a gente sabe se é amado ou não. O amor não se faz de palavras e nem de racionalizações, mas de olhares, toques e coisas que não se explicam. Assim como nós tendemos a não saber explicar o porquê amamos alguém, também não sabemos explicar como sabemos que somos amados. E por mais que a gente esboce algumas respostas em torno disso, nunca é por causa disso. Porque a palavra que define o amor está sempre a fugir. Aliás, eu nem sei se amor é mesmo a palavra apropriada pra falar de amor. É por isso que acho que escrever e fotografar são as mais belas declarações de amor, tentativas de capturar a palavra que não se consegue dizer. O fato é que tudo acontece num pulo: a foto, a palavra, o amor.

André Silveira

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Quisera...


Quisera descansar meu peito como se houvesse outra vida em mim. Saber-me dona do meu tempo, repousada e calma na inspiração. Quisera encontrar abrigo numa paz maciça de esquecimentos. E que o dia não terminasse abrupto na eternidade do melhor momento.

Mas há que se dizer de fases em que algumas frases vêm anoitecidas. E a força foge ao controle e a tristeza invade um bocado da vida. E o choro não resolve nada, nem nos desvencilha desse mar de dor. Se o peito de engasgado cala, quem será a voz a me falar de amor?

Mas há que se dizer também que nunca uma frase dói a fase inteira. Palavra também amanhece e o pensamento tem que acordar junto. Por isso que o choro seca, que ao amor há entrega, porque finda o luto. Descubro que em tempos de guerra o peito se cala, mas na poesia nunca fica mudo.

*

*

Marla de Queiroz

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Amargo...


(...)Engulo o amargo da saudade sem fazer careta, absorvo o azedo da rejeição sem me achar menor, abro os braços para a escuridão contando estrelas, gasto cada gota de suor e sangue nas minhas entregas. E não economizo gargalhadas, mas pago o preço alto do inconveniente de viver no mundo paralelo e metafísico onde vivem as palavras.

Marla de Queiroz


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