Aprecio essa gentileza tênue e equilibrista que alcanço quando não desisto tão fácil de algumas tentativas. Pareço imbatível, mas, lá dentro, só estou me perdoando pela constante falta de jeito. É que, lá de cima tudo é tão vasto, tudo é tão rico que a alma ampliada desequilibra. Então, de vez em quando fico rígida para não cair nos braços de qualquer desassossego. De longe, entusiasmar - se com um simples passo ameno e incomum às vezes é tão descomplicado que parece milagre - e a gente, sem graça, complica. Mas, não é.
A reciprocidade sempre reaparece quando o outro faz estragos dentro da gente (quando a corda balança, quando o amor desanda, quando o orgulho ocupa lugares ou, quando não há um ombro supervisionando nossos golpes e quedas). Não sei se a travessia vale a dor do mundo, mas, vale muito. Vale cada centímetro de sorriso. E um abraço.
A reciprocidade sempre reaparece quando o outro faz estragos dentro da gente (quando a corda balança, quando o amor desanda, quando o orgulho ocupa lugares ou, quando não há um ombro supervisionando nossos golpes e quedas). Não sei se a travessia vale a dor do mundo, mas, vale muito. Vale cada centímetro de sorriso. E um abraço.
Priscila Rôde
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