sexta-feira, 14 de maio de 2010

Desistir...


Às vezes parece que tudo o que se tem a fazer é desistir. Simples. Parar. Estacionar. Ficar. Não mais se permitir. Não avançar. Talvez até retroceder. Desistir para não mais chorar, nem sofrer, nem ver. Desistir para não se cansar. Rimas pobres... Não menos, rimas... Porque se desistiu de rimar. No meio da tarde, ou mesmo de manhã e até se for madrugada, o pensamento de ordem é desistir. Para que mesmo continuar remando, tentando chegar a algum lugar? Por que bater as asas e se debater? Pra continuar a se chocar com os vidros da janela? Qual a razão de se empurrar o carro ladeira a cima?
Embora, haja um buraco em meu peito, há ainda uma coisa chamada esperança. Talvez, ela tenha se escondido, mas, se eu olhar bem, a esperança ainda está lá... dentro de mim. Esperança de um dia acertar, do cansaço ir embora, de sem aviso ser declarado feriado, de a praia estar limpinha e prontinha só pra mim... E de um novo plano de vôo. Por que não mesmo? Talvez haja muitas razões para se desistir. Mas, acreditar sempre é melhor. Haverá um amanhã. Haverá luz. Caminhar em frente significa estar vivo. E definitivamente, por mais dolorido que seja não quero deixar de viver. Quero celebrar a vida... De braços abertos. Chuva, seca, frio, calor, alegria, dor, partida, acerto, erro. Não importa. Não menos a vida.


By Flor

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