domingo, 24 de novembro de 2013

Dilacerada...


É agora só me resta você meu papel virtual.
Não sei definir o que estou sentindo. É como se uma lança tivesse ultrapassado o meu coração causando a dor mais dilacerada.
Por que acreditamos que uma vez vai ser diferente e de repente se torna tudo igual? O vazio quando preenchido não deveria ser esvaziado de forma tão bruta. Cansei de me iludir com palavras bonitas, pensando que algo poderia mudar, mas só amenizou a dor, para expor a ferida e deixa-la exposta. Nem sei ao menos como será daqui pra frente. E não me diga que são expectativas, são apenas imaginações de uma mente borbulhante. Como consegue neutralizar o sentimento, a sensação e ser alguém tão abstrato? Juro pelo o que é sagrado, daria cada palavra preciosa pra entender como é possível, depois do laço criado, desfazê-lo de forma tão simples. Você pula no precipício, se entrega para se encontrar e o que ganha de presente são apenas palavras vazias. O elo da confiança quebrou, os pés estão descalços novamente e sem olhar pra trás sou obrigada a prosseguir. Diante de tantos segredos revelados, tantos paradigmas quebrados, alguém tinha que sair machucado e como sempre esse alguém sou eu. Parece destino, se ao menos eu acreditasse em destino, seria mais simples aceitar. Poderia estender a mão e pedir sua ajuda como fiz outras vezes, mas hoje não posso. 

Karin Ka 

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