O que é o amor? Poetas, religiosos, filósofos, psicólogos, todos tentam definir o que venha a ser o amor. Mas é muito superficial toda essa descrição se não o sentirmos; é muito superficial se um dia não chorarmos por este amor, vivenciando-o de maneira real.
Confundimos muito amor com paixão, mas disso não adianta falar; com o tempo vamos descobrir a diferença. Nos dias de hoje o amor vem embalado, pronto, hermeticamente fechado, preparado para uso e depois, descartado. Muito fácil é falar eu te amo; hoje é corriqueiro; antigamente era sagrado, algo especial, até existia um ritual mas que se perdeu com o tempo.
Hoje as pessoas se conhecem em um minuto e no outro já dizem "eu te amo". É por isso que há tantas decepções e tanto sofrimento nos relacionamentos. As pessoas querem nadar na superfície, não querem mergulhar na profundidade, pois na superfície existe algo que todos podem ter e querem: o sexo, inclusive de maneira rápida e fácil, sem se comprometer.
Nas profundezas temos a pérola, que está bem guardada dentro da concha; uma preciosidade; você tem que ter valor para poder alcança-la, precisa ser especial, verdadeiro, libertador e estar comprometido com essa busca.
É por isso que nos enchemos de esperanças de um relacionamento maravilhoso; temos a perola dentro de nós; mas existem pessoas que querem algo plástico, rápido, superficial e totalmente vazio.
Eu pergunto a você: "Não é maravilhoso receber flores?" "O que você gosta nelas: a textura, a cor, o perfume, a beleza?" Sim, tudo isso, mas e se eu te der uma flor de plástico, o que você vai sentir? As pessoas querem a flor de plástico, é mais cômodo; sabe porque? A flor real, para durar, são necessários água e cuidados, como cortar a ponta do caule de vez em quando e deixa-la em lugar fresco ou borrifa-la com água. Podemos comparar isso com os cuidados essenciais que temos de ter com o amor, como: companheirismo, paciência, tolerância, renúncias, detalhes que não queremos desenvolver, aprender ou realizar.
Todos os dias estamos em busca da flor verdadeira, mas estamos nos contentando com a de plástico. O amor de plástico está cheio de dominação; começamos a querer mandar no outro; o plástico cria o ciúmes e a escravidão; o plástico não amadurece, não tem confiança; já o amor real tem diálogo, tem cumplicidade, tem um objetivo único em direção ao crescimento.
Chegou o momento de realmente você decidir o que quer em sua vida e assim despertar a sua verdadeira felicidade. O plástico é ilusão; o amor é real, somente com ele seremos felizes.
Mas entenda algo mais primordial: o amor sempre tem que começar por você; se começar por filhos, cônjuge, família, você terá uma grande decepção, pois quando está repleta de amor é possível, então, amar o outro; mas se você não se ama, isso é impossível.
O amor tem por onde começar: por você, mas não tem que acabar em ninguém especificamente, mas sim no universo que você vive, semeia, assim como a felicidade; você não coloca a felicidade para que outra pessoa o faça feliz, você tem toda a responsabilidade do mundo em você ser feliz. Pense bem!
Paulo Valzacchi
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