quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Nossa Pausa...

A única coisa que quero agora, é que você venha. E fique. E me deixe recostar a cabeça em seu ombro. E cante baixinho uma canção pra mim. Não importa a letra, não importa a melodia, importa que seja uma canção. Não importa que seja uma canção conhecida, importa que você a cante pra mim. E enquanto canta, me acalente e me dê a certeza de que no meio do tumulto do tudo e do todo, eu posso ter o momento da pausa, com você. Nossa pausa. Nada a se preocupar. Nada para estragar. Pausa. Só eu e você. Apenas sua voz e a minha... Lá embaixo o ruído do mar, acima o brilho do céu, e sua mão pousada gentilmente sobre a minha. Mas... Se velhos fantasmas vierem nos assustar, e se houver necessidade de exorcizá-los, de falarmos, contarmos e chorarmos, que o façamos, bem no meio do nosso momento de pausa. E com calma e mansidão, devagarzinho para não machucar ainda mais, com cautela, cuidado mesmo, me deixe passar pomadinhas nas suas feridas... E passe nas minhas também... E como se consola criança sapeca, me dê um beijo bem terno na testa só para sarar mais rápido e acalmar o meu coração... Em troca darei beijos e beijos sapecas também...
A única coisa que quero agora, é que você venha. Logo. E me deixe olhar em seus olhos. E me deixe cantar uma canção pra você. Sei de cor a letra, já decorei a música, conheço a canção. Mas, não se importe se ela não for uma canção Lilás, prometo compor uma azul pra você. E enquanto eu canto você me sorri e me deixa entrar, conhecer e ficar. E tenha certeza que um momento de pausa, é tudo de bom, porque é como se chegar a um lugar que há muito se almejou. Mas, sem pressa. Pausa mesmo. Pausa para o resgate de todos os sonhos de romances não vividos... De todas as bobeiras não cometidas... De todas as gargalhadas retidas. Pausa para caminhar pausadamente. Só curtindo a companhia um do outro. Só se permitindo ficar. Se permitindo sentir... Sem expectativas, cobranças, planos ou seguro familiar. Pausa. Nossa pausa. Eu e você. Nada mais. Mas... Se os bons e verdadeiros amigos quiserem nos acompanhar, por que, não? Levemos estes amigos juntos, contemos piadas para eles, visitemos suas vidas, abramos um pouco da nossa. Mas tudo, de forma sóbria, consciente, só dividindo com quem vale a pena mesmo.
A única coisa que quero neste momento, é que cantemos a canção. Não importa se vamos desafinar, se saberemos, ou se não a interpretaremos com verdadeira emoção... Se não estamos prontos, se este não é o momento. O que importa é que nos arriscamos a cantá-la. Com ternura, com paciência, com fé... Mas, principalmente com muita sinceridade e carinho. E que enquanto a cantarmos, não nos importemos com a quantidade do tempo, mas, com a qualidade dele... E sigamos... Pelas notas da canção... Nos caminhos do coração...




By Flor

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