Acordei sentindo frio, muito, aí me levantei para fechar o vidro da janela, misteriosamente aberto. O curioso foi que eu não tive coragem de fechá-lo, porque de repente vi (e senti) borboletas passeando por ali, indo e vindo, alegres, coloridas e convidativas, formando uma espécie de trilha (mágica).
Fiquei imaginando que o vidro entreaberto, para elas, de repente era uma espécie de passagem secreta, que as levava de um mundo para o outro, tão diferentes, tão imensos, e fiquei aqui, intrigada, curiosa, esboçando um sorriso, me perguntando o que, metaforicamente, seria o meu vidro entreaberto. Que passagem secreta será esta que eu trago em mim?!?
Não queria ir para os mundos limitados de dentro e fora da janela, mas de dentro e fora de mim, borboleta em potencial que sou, apesar das asas ainda enfraquecidas e medrosas, que precisam apenas de um pouquinho mais de sol... Que este então entre agora pela janela... no meu quarto e em mim... sempre!!! Voar é uma questão de tempo, desconfio, só não sei se terei tanta companhia assim para brincar de fazer trilha ou se meu vôo será solitário, mas não desanimo... Há o VOAR presente, de uma forma ou de outra e isso já basta para a alegria, ao menos ela, me acompanhar.
By Flor
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