sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Não força meu budismo...



Não força o meu budismo, garoto. 
Eu sei que você quer me destruir mais uma vez. 
Então para de forçar o meu budismo. 
Eu tô calminha aqui e você vem pra perturbar. 
Não tem muito mais o que perturbar pra esses lados. 
Vai perturbar outra pessoa. Outra coisa. 
Perturba as paredes, que são budistas ideais, não fazem nada, não sofrem ou parece que não sofrem, pelo menos. 
Tenho medo que elas, as paredes, sejam rancorosas. 
Vai que um dia se derrubam sobre a gente, vingando tantas perturbações. budistas ideais: até parece. 
Ficam meditando, na alvura de suas tranquilidades, guardando as porradas, os gritos e os xingamentos, no fundo das estruturas, pra um dia estourarem em demolições por cima da gente. 
Cuidado! Eu sou como uma parede. 
Eu tô tranquila, mas um dia eu me derrubo. 
Então não me venha com perturbações. 
Vai ser perturbado pro lado de lá, atrás da parede, por favor.

J.Castro

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