Sou uma espécie de conselheira sentimental dos amigos. Todos os dias ouço histórias de amor. Histórias de amor que estão começando, outras terminando. Todas iguais dentro das suas diferenças. Amor e egoísmo. Amor e medo. Amor e abandono. Amor.
Todos os tipos de pessoas, diferentes personalidades, as mais variadas maneiras de encarar as coisas da vida. Seres distintos. Idade, cultura (ou a falta dela), gênero. Todas movidas por essa coisa enorme que de repente invade a vida de cada um e toma conta de tudo. E depois vai embora. Ou não.
Curioso é perceber como as pessoas reagem ao fim dos relacionamentos. Algumas se mostram tão fortes, outras se fragilizam tanto que parece que não vão conseguir continuar a viver sozinhas. Algumas ficam se culpando, se martirizando desnecessariamente. Outras logo, logo partem para outra, literalmente. Essas são, ao meu ver, as que conseguem aproveitar melhor a vida. Vivem o que tem pra viver, sofrem, choram, mas se erguem e saem lutando contra moinhos de vento.
É assim, sempre. É quase que um circulo vicioso. Os relacionamentos começam, são lindos por um certo tempo, depois começam a desgastar-se até que um dia chega a hora derradeira do adeus. O bom é que mesmo sofrendo horrores algumas pessoas não perdem a doçura. Não desistem de ser quem são por ninguém. Enfrentam as dores de maneira diferente, em intensidade diferente. Passa. Sempre passa. Dia após dia sentem-se melhor, mais forte.
Passamos a vida toda atrás de amor. Mesmo não admitindo isso. Procuramos incessantemente por alguém que nos complete. Que nos faça felizes. E essa pessoa chega. Faz o que tem que fazer na nossa vida, depois vai embora. E ninguém morre por causa de um coração partido, isso eu aprendi. Sempre surge uma pontinha de esperança e um amor novinho em folha. No tempo certo.
Paulinha (Blog Se não derruba fortalece)
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