terça-feira, 10 de abril de 2012

Aprendendo...


Sou uma espécie de conselheira sentimental dos amigos. Todos os dias ouço histórias de amor. Histórias de amor que estão começando, outras terminando. Todas iguais dentro das suas diferenças. Amor e egoísmo. Amor e medo. Amor e abandono. Amor.
Todos os tipos de pessoas, diferentes personalidades, as mais variadas maneiras de encarar as coisas da vida. Seres distintos. Idade, cultura (ou a falta dela), gênero. Todas movidas por essa coisa enorme que de repente invade a vida de cada um e toma conta de tudo. E depois vai embora. Ou não.
Curioso é perceber como as pessoas reagem ao fim dos relacionamentos. Algumas se mostram tão fortes, outras se fragilizam tanto que parece que não vão conseguir continuar a viver sozinhas. Algumas ficam se culpando, se martirizando desnecessariamente. Outras logo, logo partem para outra, literalmente. Essas são, ao meu ver, as que conseguem aproveitar melhor a vida. Vivem o que tem pra viver, sofrem, choram, mas se erguem e saem lutando contra moinhos de vento. 
É assim, sempre. É quase que um circulo vicioso. Os relacionamentos começam, são lindos por um certo tempo, depois começam a desgastar-se até que um dia chega a hora derradeira do adeus. O bom é que mesmo sofrendo horrores algumas pessoas não perdem a doçura. Não desistem de ser quem são por ninguém. Enfrentam as dores de maneira diferente, em intensidade diferente. Passa. Sempre passa. Dia após dia sentem-se melhor, mais forte.
Passamos a vida toda atrás de amor. Mesmo não admitindo isso. Procuramos incessantemente por alguém que nos complete. Que nos faça felizes. E essa pessoa chega. Faz o que tem que fazer na nossa vida, depois vai embora. E ninguém morre por causa de um coração partido, isso eu aprendi. Sempre surge uma pontinha de esperança e um amor novinho em folha. No tempo certo. 


Paulinha (Blog Se não derruba fortalece)


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