Estive conversando sobre a ilusão que as pessoas têm quanto ao que torna ou não uma pessoa perfeita. E nada a torna, ela não é, e não será; corrijo-me, todos nós evoluiremos e chegaremos sim a perfeição, mas não neste plano, não nesse Planeta. Não agora! Desculpe-me se for ignorância, frieza ou intemperança, mas não creio mesmo em pessoas perfeitas; isso não quer dizer que para mim não exista pessoas boas, pois é fato que há sim muitas nesse mundo, mas a perfeição foge à nossa realidade de evolução. Pessoas boas, de alma elevada, mente aberta e sentimentos leves, praticam atos perfeitos, que fazem um bem enorme para outros, seja material ou emocional, mas nem por isso são perfeitas. Se esta diferença fosse clara para todos, muitas pessoas sofreriam menos, não se decepcionariam com facilidade, por erro dela mesma, que idealiza o seu próximo. Não é justo cobrar 100% de alguém, pois se pararmos para analisar, nós não nos doamos 100% nem para nós mesmos, quem dirá a outro; isso é da nossa natureza, tanto pela resistência e medo quanto pelo estágio de aprendizado, que ainda é primário. Precisamos compreender as pessoas, aceita-las como são, respeitar suas essências, aprender com elas e ensinar com amor, com sutileza, convivência, integração. Eu voto a favor da unimultiplicidade, seria lindo, e digno, pois somos uma só família; nada mais correto do que caminharmos juntos, nos complementando em busca da evolução da humanidade como um todo, por um mundo melhor. Nosso tempo presente é curto, dura este instante, o próximo segundo já é incerto.
Camila Bispo.
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