quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Natal...



O Amor ultrapassa os limites da razão e da ideologia, e faz com que o indivíduo passe a ver o Natal, não só como uma triste data convencional ou uma jogada de marketing do capitalismo, mas também como MAIS uma oportunidade de desejar a plena felicidade às pessoas especiais e reiterar o quanto essas pessoas são importantes em sua vida; faz com que a gente esqueça que a figura cômica do Papai Noel é apenas um mero incremento para o insano consumismo típico da época e passa a encará-lo como uma forte energia que zela pela paz da pessoa amada;
Natal também é saudade...


Writer newbie


sábado, 20 de dezembro de 2008

Reflexões de um ano que passou...



Esse ano, confesso que aprendi bastante com as pessoas ao meu “redor”. Pude reafirmar e confirmar algumas certezas e perceber coisas importantes. Foi um ano em que fui odiada e acusada por uns, ignorada por outros e amada pela maioria (Graças à Deus!!).
Mas, quer saber? Pouco me importa o que as pessoas pensam ou fazem a meu respeito. Eu tenho plena consciência de quem sou e do que faço e não me arrependo de nada e nem tenho motivos para pedir desculpas...
Dentre as coisas que aprendi/percebi esta o ser humano como ponto principal. Percebi que as pessoas não reagem bem ao ouvir verdades. Que elas não admitem que algo seja dito, simplesmente por se saberem daquela forma.
As pessoas só querem ouvir aquilo que as agrada, e por isso, a verdade parece doer imensamente.Reconfirmei o quanto as pessoas são egoístas e insensíveis. Que elas se acham sempre certas e fazem de tudo para saírem “bem na fita”, não importa por quem ou onde tenham que passar. Que as pessoas só pensam em si e esquece-se de todos os que estão ao redor.
Descobri o quanto as pessoas podem ser hipócritas e o que o medo da perda pode fazer. As pessoas, quando pensam que vão perder, querem concertar tudo, mas não concertar de fato, apenas deixar de uma forma que se sintam bem, não importando mais ninguém. E isso as deixa ainda mais insensíveis, pois elas acham que o mundo deve girar ao seu redor... Como se só o seu próprio umbigo existisse na face da Terra.
Percebi também que, quando as pessoas não estão satisfeitas com alguma situação (causada por elas mesmas, muitas vezes), elas querem que as coisas mudem, mas não sabem pedir desculpas. Porque elas se acham muito superiores para tal “humilhação”.
Enfim, esse ano aprendi que pessoas que algum dia tiveram algum valor para mim, antes de perderem o valor, me ensinaram e mostraram muitas coisas. E sabe, sou agradecida por todo e qualquer ensinamento. E me sinto mais forte para continuar meu caminho. Sem falar que, com o “apoio” de sua raiva, me sinto mais forte também para continuar desabafando e escrevendo aquilo que me dá vontade e me satisfaz.
É fato que o ano que está para acabar me deixará ensinamentos que jamais esquecerei. Ensinamentos que vierem com dor, mas que me ajudaram a crescer. Mas também tive ensinamentos que vieram com sorrisos, momentos que me fizerem feliz e acontecimentos que levarei para a vida inteira como os melhores possíveis.
Foi um ano que, do início ao fim eu amei. E amei muito (e continuo amando...). E me senti muito amada. Um ano em que tive pessoas ao meu lado a cada vez que chorei ou sorri, que pude fazer também parte da vida de pessoas muito especiais e que compartilhei com elas bons e mals momentos...
Também foi um bom ano com as minhas aulas, meu alunos... Aliás, conheci pessoas incríveis... Aprendi “técnicas”, formas e jeitos de levar a dança... Abri meus horizontes e percebi que preciso abri-los ainda muito mais...
Na academia fiz alguns bons amigos e fortaleci a amizade com quem já participava da turma. Passei bons momentos nos bailes da vida. Conversei muita besteira com esse povo, ri muito e discuti bastante na hora das coreografias. Enfim, foi legal.
Entristeço-me apenas, por não ter curtido tanto outras amizades, como as de tempos e tempos atrás. Vimo-nos tão pouco. Cada um tinha sempre algo para fazer, para estudar, trabalhar... Os horários nunca batiam e o ano vai acabar e nós não nos encontramos. Mas nem por isso deixaram de ser pessoas extremamente especiais na minha vida.
Foi um ano que não vi minha irmã, que nem pudemos matar a saudade e nos conhecer melhor... Foi um ano que conheci uma amiga especial chamada Myla, que dividiu comigo todos os momentos do ano, foi meu travesseiro, meu ombro amigo, minha pequena grande amiga que alegrou meu coração e me trouxe lições inesquecíveis... (Amor + Amizade + Cumplicidade...).
Foi também um ano que me senti mais próxima dos meus pais. Onde conversamos coisas que jamais imaginamos conversar. Esclarecemos alguns pontos e encerramos outros...
Um ano muito difícil em todos os aspectos, porém que me trouxeram bagagens pesadas de vida, coisas que jamais me esquecerei...
No contexto geral o ano que vai acabar foi um ano bom... Como todos, tiveram alguns momentos ruins, algumas lágrimas, porém vários momentos bons e muitos sorrisos... Vários aprendizados. Muitas coisas para levar adiante e várias outras para não lembrar mais. Espero que o ano que vai começar possa ser melhor ainda!


By Flor

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Chuva



Acho que nunca estive preparada para esses dias invernais em pleno verão. E hoje ao levantar-me com a esperança no olhar e de bem com a vida apesar dos transtornos que ela costuma nos trazer, ouvi o barulho da chuva que ao embalo do vento quase batia nas janelas. Ao aproximar-me apreciei pelo vidro os grossos pingos que caíam transformando o céu, numa faixa branca e tão brumosa que me deu a sensação que a natureza toda se preparava para alguma transformação importante. Via fascinadas as árvores vigorosas, as folhas que se balançavam e as flores que pareciam se alegrar com a água que corria em fios trazendo-lhes fonte de vida e umedecendo-as. Ao lado disso, lá longe enxergava uma pessoa que em dia de folga, parecia se regozijar com a liberdade que usufruía.
Recordava-me de quando criança, brincava, esquecida de tudo o mais, poças d’água respingando as pernas nuas e a alegria traduzia-se no sorriso espontâneo. E muitas vezes enquanto na praia esperávamos a volta do sol, interrompida por uma chuva de verão, a água do mar se tornava quase instantaneamente mais aquecida como para compensar essa arte e reação da natureza. Tudo isso passava na minha cabeça enquanto a chuva caía quase torrencialmente, trazendo uma nostalgia que me levava a reminiscências ternas e prazerosas.
Quando a paisagem se tornou mais limpa e pude divisar um céu menos carregado, percebi o quanto à chuva transformara cada um dos elementos que eu admirava e que eram fontes de energia e símbolo de beleza. E quanto mais olhava mais admirava como sempre o planeta maravilhoso.
Repentinamente tudo me entristeceu porque me lembrei de várias ocasiões em que vira transtornada, o quanto o frio e a tristeza é capaz de desabrigar famílias e fazer criancinhas sentirem um frio que pode levá-las à morte.
Sei que a chuva foi feita para irrigar a terra e fazê-la esplendorosa e saudável, dando aos homens alimentação e fonte de vida e que a miséria, ao contrário foi construída pela displicência e incoerência, que pouco a pouco tomou conta do mundo de uma forma alarmante, transtornando padrões e desintegrando leis de bondade, tolerância e altruísmo.
Esse dia que amanheceu frio e pálido fez-me pensar em beleza, equilíbrio, força, fascínio, sonho e amor reconfortante aquecendo um dia sem sol. Também me recordou o apogeu da paixão, a ventura de momentos especiais cercados pelo silêncio de um dia chuvoso com o barulho candente e ritmado que marca seu úmido compasso. Mas finalizou na tristeza de saber que milhões de pessoas, irmãos de caminhada, não desfrutam do enlevo de um dia de chuva e o que ele pode proporcionar de magnético e encantador. Reconheço que em todos os pormenores da vida os contrastes são avassaladores e nada é pleno ou transbordante. A chuva... Tantos pensamentos, sentimentos, dores, alegrias, impotências e a esperança sempre renovada de que as prendas da natureza possam alcançar todos os seus filhos... Como seria justo, compreensível e humano.


By Flor

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sensibilidade brota dos poros...



Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Esse jeito de ver além dos olhos, de ouvir além dos ouvidos, de sentir a textura do sentimento alheio, tão clara, no próprio coração. Essa sensação, às vezes, de ser estrangeiro e não saber falar o idioma local, de ser meio ET, uma espécie de sobrevivente de uma civilização extinta. Essa intensidade toda em tempo de ternura minguada. Esse amor tão vívido em terra em que a maioria parece se assustar mais com o afeto do que com a indelicadeza. Esse cuidado espontâneo com os outros. Essa vontade tão pura de que ninguém sofra por nada. Esse melindre de ferir por saber, com nitidez, como dói ser ferido. Ser sensível nesse mundo requer muita coragem. Muita. Todo dia. Essa saudade, de fazer a alma marejar, de um lugar que não se sabe onde é, mas que existe. Essa possibilidade de experimentar a dor, quando a dor chega, com a mesma verdade com que experimenta a alegria. Essa incapacidade de não se admirar com o encanto grandioso que também mora na sutileza. Essa vontade de espalhar buquês de sorrisos por aí, porque os sensíveis, por mais que chorem de vez em quando, não deixam adormecer a idéia de um mundo que possa acordar sorrindo. Pra toda gente. Pra todo ser. Pra toda vida.



Eu até já tentei ser diferente, por medo de doer, mas não tem jeito: só consigo ser igual a mim.


Ana Jácomo.

domingo, 14 de dezembro de 2008

A alegria voltou...



De repente a alegria volta a percorrer nosso sangue e nos carrega para um mundo, mas colorido, diferente de tudo que antes nos vislumbrou. É como se acordássemos na alta madrugada e vivêssemos dentro daquele raio de luz que habita as frestas das janelas, que nós enxergamos enquanto permanecemos perdidos no escuro.
É quando aquele sorriso nos encontra com muito mais vigor e energia, e, nós apenas nos rendemos aos seus encantos. Nem que seja por alguns minutos, acostumamo-nos a caminhar sozinhos novamente.
No início, isso consiste numa tarefa bastante complexa, porém, com o tempo, transforma-se em uma nova e deslumbrante vitória.
Vitória essa, construída com amor, carinho e dedicação, superiores aos relacionamentos passados. E a lembrança da dor será tão insignificante, perto da felicidade presente, que se reduzirá a um pequeno emaranhado em nossas vidas.

By Flor

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Dançando ao meu redor...



Danças em meu redor, como uma chama eterna que não se apaga, envolves-me no teu mistério e fascinas-me com os teus enigmas, inebrias-me na bruma de sentimentos perfumada de ti, perturbas-me e estimulas-me o desejo, com a sensualidade que dos teus dedos nasce, prendes-me e confundes-me nas tuas palavras cheias de códigos secretos, encantei-me na magia do teu olhar doce de mel, onde me vi ao espelho, voando contigo, na quietude imensa que é a tua alma de anjo, quando num impulso me ofereceste o prazer de um beijo teu.
Procuro a chave que abre a porta, mas apenas encontro uma íngreme e esburacada estrada, feita de silêncio e saudade, onde apenas a luz do Amor me conforta, sinto-me frágil, envolta em medos e sentimentos inconfessados, encontro-me contigo, nas dúvidas que também são minhas, enlaço-me nas tuas incertezas, caminho ao lado da tua nobre sensatez, de mãos dadas com a insegurança, sou cúmplice dos receios teus, agora também meus.


Autor Desconhecido

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