segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A pior dor de todas...




Foi o dia em que perdi todos os meus sentidos em pró de um sentimento não recíproco... Sinto no íntimo a dor mais intensa, jamais adoeci de tal maneira... Foram planos destruídos, palavras jogadas ao vento, toda uma dedicação inútil... O querer bem, o cuidado, o carinho, a amizade, foi tudo em vão e jogado fora em segundos...
Sinto-me tola, enfraquecida e machucada no coração, verdadeiramente machucada e magoada. Ao ouvir as palavras de rejeição quase tive uma síncope, a cabeça rodou, o coração quase parou, as lágrimas cursaram livremente e incontroláveis... Certamente foi a dor mais sentida de todas, nunca conseguirei descrever de fato o tamanho da dor sentida...
De repente tudo em que acreditava, tudo pelo que lutei e agora por onde recomeçar? Acreditar no que? Em quem? Lutar como?
Foi a noite mais angustiante... O cheiro, a pele, o toque... Tudo pela última vez...
Acordei assustada, chorei de soluçar e percebi que não era um pesadelo, era a minha própria vida em uma realidade de horror... Nem mais e nem menos, a dor e a angústia permaneceram ali, intactas, me devorando...
Levantei a custo, ainda forcei para me agarrar ao meu sonho de felicidade que estava me abandonando sem muitas respostas...
A despedida foi a coisa mais terrível que experimentei, ainda não conseguir discernir o sonho da realidade. O último abraço, o último beijo, o último olhar... Meu coração foi partindo junto, levando minhas forças, minhas esperanças, meus anseios...
De volta ao meu canto, meu quarto todo decorado a gosto... Me espalhei na cama, dispedacei, quebrei, estilhaços e pedaços podiam ser recolhidos por todos os lados e há quilômetros, vim quebrando, quebrando, perdi vários pedaços e por fim me deitei aos farelos de vidro que saiam de mim...
Me deparei com a difícil decisão de seguir em frente, sozinha, superar tudo e forçadamente sepultar tudo em que acreditei e lutei... Meus estilhaços estavam todos espalhados, perdidos e pra juntar tudo? Aliás cadê a força?
Com certeza absoluta uma facada não doeria mais...
Por fim, me vi vencida pelo cansaço dos cortes e ainda sangrando muito consegui me conciliar com o sono...


By Flor

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