Quando a saudade espreita em lugares inesperados, eu escondo-me dela, procuro refugio longe dos resquícios de ti, que ainda guardo em mim e que o tempo ainda não levou.
Fecho a porta da alma, e deixo-me levar nas asas da deslembrança, tento não pensar, tento sorrir para dentro perante tudo aquilo que me deixa triste, resguardo-me do mundo, corro as cortinas do sonho e bloqueio a magia.
A sós comigo, tapo-me com a ausência, dou descanso ao corpo inquieto e sedento do teu, apago da pele a lembrança dos teus beijos molhados de paixão, relaxo os músculos, que se contrai em uníssono com os pensamentos incandescentes que me rodeiam a mente.
Desprendo-me das memórias esquecidas de aromas e sabores teus, que ainda sinto espalhados na pele, olvido-me do meu querer e alieno-me do desejo contido neste momento de loucura, em que o fogo que tenho dentro me consome.
Estou exausta... Preciso esquecer-me de mim, para não pensar mais em ti.
By Flor