sábado, 12 de julho de 2008

Ainda desnorteada...



Preciso com urgência das sobras das minhas tardes, tardes estas que me alucinam hoje, de saudades. Sinto falta dos pedaços dos meus domingos. Da noite, os retalhos são partes da minha consciência que, mesmo estando sozinha, me reciclam.
Preciso dos fragmentos de noites que me agonizam lentamente. É tua presença insistente que ainda me faz sentir. Esta é a razão porque preciso de um sorriso...
Quero fechar a ferida. Quero estancar o sangue. Quero arrancar de mim esta lembrança nostálgica. Enquanto acaba a noite quero apagar da lembrança, pesares que só aumentam aflições! Os sigilos guardados aliviaram minha ilusória nudez!
Há sempre uma vontade de retornar e de relembrar o caminho de volta. As trilhas fracassadas, não desejaria percorrer novamente. Poderia mudar tudo! A maquete da vida é sempre transformada pelos nossos desejos, o que não impede de criar outras mais completas. Tudo que se cria tem algo de que se aproveita. A felicidade está em tudo! O lugar adequado é aquele que nos faz bem. Estas palavras de mel envoltas de amor é mais uma forma de gostar da vida! De repente vem uma vontade danada de amar... Amar minhas crônicas... meus poemas ... meus semelhantes... o dia... a noite... Chega de revelações!
Volto vencida, pedindo pra ficar! Já cansei de entender, de chorar sem querer. Renuncio as etiquetas superficiais. O que importa é o silêncio noturno deste instante. Então, estou no agora! Onde voam meus pensamentos, e meu olhar tristonho não alcança. Meu coração descansa aqui! O nada também dói! Não enxergo nenhuma saída emergencial!
Ando desnorteada... O barulho me causa aflição. Há um bulício de agitação que se avolumam em um trajeto confuso. A multidão me confunde e me estressa! Toda escolha impensada exige o sacrifício de alguma renúncia. Respiro e procuro me conter a esta tristeza. Estou tão frágil que vou me quebrar em pedaços e eu mesma juntarei os cacos. Penso e retrocedo ao antes... Crio coragem para sucumbir a dor que ainda mora em mim. Saio, enfim, desta angústia! Acolho-me com a paz do céu sossegado. Estou mais exigente com o luar. Insisto e me valho dos pedaços que a noite me proporciona. Pois mesmo com a paz noturna, ainda me encontro com o vazio!

By Flor

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